sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Preparação de lâminas histológicas

A técnica histológica visa a preparação dos tecidos destinados ao estudado à microscopia de luz. O exame ao microscópio é feito geralmente por luz transmitida, o que significa que a luz deve atravessar o objeto a ser examinado. Assim, é necessária a obtenção de fragmentos dos tecidos que serão coletados em lâminas muito finas e transparentes.

Como a maioria dos tecidos é incolor, para que seja possível observá-los ao microscópio de luz, é necessário que sejam empregados corantes. Diferentes técnicas que não somente evidenciam os componentes teciduais, mas também os distinguem entre si. As técnicas de colorações, de um modo geral, se efetuam por processos físico-químicos ou puramente físicos e variam conforme a modalidade, ação, caráter, grau de ação, tempo, número de corantes e a cromatização. 

Este processo tem início com a obtenção da amostra do tecido, o corte é aderido à lâmina sendo banhado em formalina diluída na água, ocorrendo a fixação, preservando a estrutura do tecido. A próxima etapa é a desidratação, retirar a água do tecido emergindo o no álcool, um processo dividido em etapas fracionando a porcentagem do álcool até 100%, e por fim na solução de xilol, finalizando a desidratação. O próximo passo é a inclusão, confecção de um bloco de parafina solidificado em temperatura ambiente. Em seguida a microtromia (produção de cortes histológicos) corta os blocos de parafina em finíssimas tiras.

E finalmente na ultima etapa a coloração, a lamina é mergulhada no Xilol para retirar a parafina, e é mergulhado em concentrações menores de álcool causando a hidratação do tecido, então é mergulhada em uma solução tampão para posteriormente aplicar o corante.
Etapas da preparação da lâmina
FONTE: http://blogdaveterinariaa.blogspot.com.br/2012/03/histologia-obtencao-de-laminas-tecnica.html

Procede-se à coloração propriamente dita, de acordo com o número de cores conferidas às estruturas teciduais pelas colorações simples (um único corante) ou combinadas (que usam mais de um corante), estas recebem a denominação de colorações monocrômicas (uma cor), bicrômicas (duas cores), tricrômicas (três cores) ou ainda policrômicas (mais de três cores). Os componentes teciduais que se coram melhor com corantes básicos são denominados basófilos, e os que se coram com corantes ácidos acidófilos. 

Os constituintes celulares que reagem com os corantes básicos o fazem principalmente por meio de ácidos nucléicos, glicoproteínas ácidas e glicosaminoglicanas. Já os corantes básicos reagem principalmente com proteínas citoplasmáticas, grânulos citoplasmáticos, mitocôndrias e colágeno. 

Para se colorir convenientemente a célula, deve-se recorrer a um método de coloração sucessiva do núcleo e do citoplasma. A combinação mais comum de corantes usada em histologia e histopatologia é a hematoxilina e eosina (HE). A hematoxilina é um corante natural obtido das cascas de pau Campeche. Ela não é realmente um corante e deve ser oxidada em hemateína a fim de tornar-se um corante. Ademais, o corante que resulta (hematoxilina-hemateína) não tem afinidade para os tecidos. Deve ser usado um mordente, como o alumínio ou o ferro, juntamente com a mistura de hematoxilina antes que ela possa corar os tecidos. A mistura cora em azul-púrpura. A eosina é um corante sintético e produz uma coloração avermelhada. 

Nas células coradas com HE, os ácidos nucléicos presentes no núcleo são corados pela hematoxilina, corante básico, dando ao núcleo um tom azul-arroxeado. A eosina, por sua vez, um corante ácido, é atraída pelos elementos básicos das proteínas do citoplasma da célula, corando-os de róseo a vermelho. 


FONTE: 
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/31094/preparacao-de-lamina-histologica-coloracao#ixzz3I1wTSaVL

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